Apresentando: O Bolacha.

Gente, como o tempo voa! Eu jurava que tinha passado por aqui na semana passada. Bem, fazer o quê? Eu vou ter que me acostumar a não escrever no blog todas as semanas, pelo menos enquanto eu viver na estrada, metade da semana em casa e metade no hotel. 
Dessa vez eu vim equipada: telefone, notebook, tablet. O último, coitadinho, está há tanto tempo desligado que precisa de reparos. Não quer ligar de jeito nenhum. 

Mas eu vim para contar o estranho caso do Bolacha, o cachorro que trocou de lar. Já ouviram falar em algo assim? Tudo começou no aniversário da minha mãe - só podia ser. Ele estava sozinho em casa, estava chovendo e fazia frio. Então nós o convidamos para entrar. Ele estava meio arisco, nós fomos fazendo amizade. Demos um biscoitinho canino, oferecemos a caminha da Cacau. Ele tremia de frio, o coitadinho. Depois ele se ambientou e brincou com a Cacau e com as crianças. Comeu churrasco, comeu bolo. A partir daí, começou a vir todos os dias, por algumas horas, pra brincar com a Cacau. Nós abríamos o portão, ele entrava; depois abríamos de novo, ele saía. Geralmente o dono dele vinha buscar, ele acompanhava, numa boa.

De umas semanas para cá, não é mais assim. O cãozinho se querenciou, como dizemos por aqui. Encontrou um buraquinho na cerca e como é pequenino, entra bem faceiro. E quem disse que sai? O dono chama, mas ele não vai. Ele come, toma água, dorme na nossa casa. Passa os finais de semana conosco. Já estou com vontade de vaciná-lo! O menino que é dono dele não sabe me dizer se ele foi vacinado ou não, nem a idade dele. Tenha dó! Até o meu menino mais velho, de 3 anos, acompanhou a vacinação da Cacau!
No último domingo, o Bolacha ficou olhando os donos pela cerca que divide as duas propriedades. É ou não é um cachorrinho sem vergonha?