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segunda-feira, 24 de setembro de 2018

18 horas

Todos os dias a família fica olhando para o relógio. Às 18h acaba a paz; às 18h, os meninos chegam da escola; às 18h, é preciso ter comida na mesa, pois eles chegam - é claro - com muita fome. 
Se eles se atrasam, olhamos para o relógio: 18h01, ainda não chegaram. 18h05, pq o atraso? Ah, até que enfim chegaram. 
Crianças são barulhentas e fazem uma bagunça danada. Agora mesmo chegaram, entraram e foram dizendo que precisam levar tampinhas para as crianças carentes. Tem que ser de plástico, não de metal. "Mamãe, crianças carentes são pobres".
Eu exijo meu beijo em primeiro lugar. Depois, conversamos. 
Depois da comida, claro. 

terça-feira, 1 de maio de 2018

No dentista

O bebê está com 5 anos, então vou chamá-lo de J.R. 
Levei o J.R. no dentista na última sexta-feira. Ele tinha caído um tombo daqueles e a gengiva tinha sangrado. Quando cheguei em casa havia um pandemônio, achavam que ele ia perder ao menos um dente. É dente de leite, mas ainda assim pode atingir o nervo. Lá fui eu.

O dentista:
- Ele sente dor?
- Ele é menino, doutor. 
- Ah sim, é por isso que homens não podem parir. 
- Exatamente. Ele não queria tomar banho porque, mesmo com os band-aids, ia sentir dor no joelho, na mão, em tudo.
- Mas ele sente dor no dente, na gengiva?
- Difícil dizer. Ele não quer cortar o cabelo, porque vai doer. 
- Dor no cabelo? Vou ter que olhar esses dentes.

Ele tinha hematomas na gengiva decorrentes do choque e o dentista recomendou que, da próxima vez, ponha as mãos na frente da boca na hora da queda. Teve sorte. 

sábado, 1 de agosto de 2015

Como ver filmes com crianças pequenas em casa (meu manual particular)

Nós temos visto filmes infantis, para chegar a um tipo de paz, mas a minha mãe se revoltou e disse que estava com saudade de nossos filmes. Então ontem separei os episódios do Castle e deixei de prontidão. Os meninos viram Tico & Teco até depois do banho. E depois de um lanche (muito calor para jantar), anunciei que a TV era nossa e que a escolha era da vovó. Nenhuma novidade.
Mais Velho queria filme de pirata.
O Bebê queria filme de dragão.
Fui firme. Agora é a vez das mulheres da casa. 
Apagamos todas as luzes da casa e só deixamos uma meia luz acesa na salinha de TV. Os guris viram 5 minutos da série e daí começou. O bebê levou cerca de 70% dos brinquedos para o sofá. E como não cabia mais nada no sofá, ele foi até a estante, buscou a casinha da Polly e ficou brincando no chão. 
Daí o Mais Velho se empolgou. Pegou uma sacola de brinquedos para brincar junto com o maninho. Eu disse "não! Junto não - brinca ali, perto da parede. Pega um pufe para brincar". Ele ficou todo contente, pois podia brincar e dar uma olhada na televisão de vez em quando. Mas ao contrário do Bebê, o Mais Velho não se concentra por muito tempo. Então depois de uns 20 minutos, digamos, ele já estava na sala, gritando que estava escuro, o Bebê foi atrás, eles começam a brigar e entre trancos e barrancos pausei a TV para um castigo.
Um de castigo, outro no sofá. Recomeçamos a ver TV e o bebê olha para a vovó, como sempre: "quero leite". Pausa na TV. 
Senta para esperar o leite. "Não consigo sentar". Sim, porque ele encheu o sofá de brinquedos. Abre um espacinho, tira essa moto daqui. Agora deu. 
Tomado o leite, inquietude, tenho uma solução: "quem quer o tablet?".
Cada um pega o seu tablet, cada um permanece em uma sala diferente e daqui a pouco um quer o tablet do outro. Pelo menos não dá briga. 
E conseguimos ver TV. 
Até os meninos dizerem: "mamãe, quero dormir".
Porque já chega mesmo. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

No barbeiro e compras com o bebê

Hoje levei o bebê no barbeiro. Ele não gosta, mas os cabelos estavam muito longos. Eu sempre incentivo: "quem corta cabelo, ganha carrinho". O que não é verdade, pois o Mais Velho, que ficou em casa, também ganhou. Mas ele vai cortar os cabelos amanhã, então tudo bem. Digamos que ele ganhou adiantado.
Chegamos no barbeiro, o Bebê sobe na cadeira, mas não aceita usar a capa. E não adianta, quando ele diz não é NÃO. Tudo bem. Ele desce da cadeira duas vezes, eu o recoloco. Seguro ali, firme, olho pro barbeiro: "pode cortar". O homem me diz que é perigoso, que ele pode se mexer. "Não se preocupe, pode cortar. Eu seguro". 
O homem começa e eu vou tentando distrair o Bebê. Ele tem o boneco do Wolverine na mão, que logo fica cheio de cabelos. Eu também fico cheia de cabelos. Pego uma escovinha e vou limpando tudo, dou para o bebê ir se limpando. Ele reclama e eu pergunto se ele quer usar a capa. NÃO. Enfim, o corte de cabelo é feito sem nenhum incidente. E eu ainda prometo, ao me despedir: "amanhã trarei o outro!".


Saímos dali para uma loja, a fim de escolher carrinhos. "Escolhe pra ti e para o mano, não esquece". São tantos carrinhos (eles gostam das miniaturas), que ele não sabe o que pegar. Eu o levanto no colo para ele ver melhor e por fim sugiro um kit com 5 carrinhos. Um horror: eu sugeri Hot Wheels, o mais caro. Para verem como fico atrapalhada! Ele aceita. Eu lembro: "são 5 carrinhos, tu vai dividir com o mano?" e ele nem titubeia: "não, é tudo meu". 

Depois ele sai correndo pela loja e descobre os livros. Aperta todos para ouvir os sons, abre e folheia. Atira alguns, que estão atrapalhando, no chão. Eu junto rapidinho, antes que a vendedora veja. Meu bebê é um consumidor exigente, não gostou de nenhum livro. Mas aí ele vai mais à frente e vê as motos. Oh, vida! De jeito nenhum eu vou recusar uma moto (miniatura, bem entendido), pois vai ser uma briga danada. Ele está com 2 anos e 5 meses e aprendeu a berrar para conseguir o que quer. Eu digo "tudo bem, uma moto para cada um. Qual é a tua? E a do mano?". Vermelha para o mano, amarela para ele. Vamos pagar. Eu arrasto o menino pela loja, pois ele viu o setor de papelaria e também os triciclos pendurados no alto. Consigo segurá-lo pelo capuz do casaco enquanto faço uma ginástica para abrir a bolsa, procurar o cartão e pagar. 
A essa altura estou suando em bicas! Não vou mais levá-lo nessa loja. Eu gosto de tudo o que tem lá dentro, imagino que ele fique louco para pegar tudo. Para confirmar, eu pergunto:

"Tu quer a loja inteira, bebê?" e a resposta é óbvia: "eu quero tudo!".


quinta-feira, 4 de junho de 2015

A fifi foi-se

Eu nem comentei com vocês, mas a Fifi morreu. 
Vocês lembram dela? 
Apresentei ela aqui.
Às vezes eu faço besteira e ouço outras pessoas. Não dá pra agir assim. Pois é, meu pai resolveu levar a Fiona para a praia e cruzar com um coelho para dar cria. Não sei o que me levou a concordar com este absurdo. 
Ela estava acostumada a uma vida boa sozinha na casinha dela, com boa comida. Ficou 3 meses na praia, não quis macho nenhum, ficou triste e morreu. 
Daí eu escolhi outra filhotinha, bem diferente, cor de mel - batizei de Mel. Não fotografei ainda.
Acho que faz um ano que temos a Mel. O tempo voa. 
No último domingo, o Mais Velho se enganou e disse que a Fifi estava pedindo água. Eu disse "a Fifi não - a Mel. Tu lembra da Fifi?". E ele começou a perguntar da Fifi e a pedir a Fifi de volta. Eu nem me lembrava que ele tinha conhecido a Fifi!
A Mel é uma graça: ela rola o pote de ração ou de água quando um deles está vazio, para chamar nossa atenção. Ao contrário da Fifi, ela adora cenouras.


  

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nostalgia + notícias

Eu ando nostálgica ultimamente.

Depois do aniversário do Mais Velho resolvi separar fotos dos meninos para montar um álbum. De outubro de 2103 a dezembro de 2014 eu separei 130 fotos, todas indispensáveis! Fora o fato de que não sei como vou fazer um álbum tão grande, revivi 14 meses em fotos. Dos 8 meses do bebê até quase 2 anos de idade. E como ele cresceu! Tem fotos do primeiro churrasco, do primeiro café colonial, do primeiro dia no andador... do tempo em que ele se segurava pelos móveis, pois ainda não tinha autonomia para caminhar (hoje em dia ele engatinha, o danado). E do Mais Velho também tenho fotos preciosas: a primeira vez no mar, um caminhão novo, ou todo sujo de chocolate. Pelas fotos deu pra ver que esses 14 meses foram bem agitados!




Outro dia estava limpando o celular antigo, com fotos de 2012 a 2013. Coisas que são normais e que a gente esquece: fotos de viagens e do tempo em que eu postava todos os dias no blog. Quando eu tinha tempo para cuidar do jardim e observar os pássaros. 

Não estou reclamando do presente. É que eu comecei a verificar as listas de blogs e vi que muita gente abandonou.  




Talvez esteja na hora de conhecer novos blogs, novas amigas. 



Por falar em vida: o Mais Velho tirou os pontos da mão, porém não do braço. Ele morre de medo de voltar na Unimed, mas não tem jeito - terça-feira irá lá de novo. Ele prefere ouvir falar em bicho papão do que em Unimed. 

Levei o pequeno no pediatra por causa de uma bolinha no couro cabeludo. Eu me achando a maior mãe fresca - e não é que o guri tem um eczema? Saí de lá com a receita para um antibiótico. Nada como ser um pouco neurótica. 



terça-feira, 17 de março de 2015

Curtas

O trabalho está exigindo muito de mim, mal tenho tempo para almoçar. Hoje trabalhei mais de 12 horas e olha que eu acordei antes das 5h. Não. Eu acordei na segunda-feira e já é terça.
Eu tenho contado no facebook o que os meninos têm feito, pequenos relatos, para não esquecer. Vou passar a limpo aqui.
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Durante o almoço, o Mais Velho disse que queria crescer e ir trabalhar. E me perguntou se trabalhar é bom. Eu disse que sim, mas tem que estudar muito, caso contrário vai ter que trabalhar muito e ganhar bem pouquinho. 
No final da tarde cheguei em casa direto do trabalho e trouxe meia dúzia de sonhos recheados com doce de leite e creme de baunilha. 
Estávamos comendo e eu comentei com ele: "viu como é bom trabalhar?"


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Cheguei do trabalho, o bebê estava me esperando: vevê. Primeiro vamos comer sonho, depois vemos tv. Quando ele entendeu que sonho era um doce foi lá, pegou um pedaço, deu uma lambidinha no doce de leite, deu o restante pra Cacau e voltou a pedir e gritar: vevê! 
- Ok bebê, o que tu quer ver? 
- Hulk.
Coloquei o Hulk, o seriado antigo, pra rodar. O bebê feliz, sentadinho no sofá. Quando o Hulk apareceu finalmente na telinha, bem verde, ele ficou nervoso e começou a chorar. Ué, mas é o Hulk. Levantou, desligou a TV e correu para os braços da vovó. 
Eu e o Mais Velho ficamos ali, sentados, nos olhando sem entender nada.


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Depois do fiasco do Hulk, resolvi fazer um programa diferente. Era sexta-feira à noite, estava cansada do trabalho, era melhor ficar quietinha com os meninos, vendo TV. Peguei um dos dvds do Tarzan, que eu dei pro vovô de natal há alguns anos atrás. Os filmes são tão antigos que nem o vovô aguentou, mas parece que os meninos curtiram.
Como eu disse: "São do tempo do vovô. Naquela época era tudo em preto e branco". Eles riram. "É verdade, vocês vão ver".
Eles adoraram quando o homem caiu no rio e um bando de crocodilos veio atacar.
Depois que o filme acabou, passei pela sala e o Joaquim estava em pé em cima de uma poltrona, gritando e amarrando uma camiseta do irmão na cintura. 

Fiquei meio intrigada, olhando aquela cena.
- O que tu tá fazendo, bebê? Ah, claro. Tu és o Tarzan.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Na praia

Eu vou para a praia sem nada. 
É, sem nada.
Calma. Eu vou vestida e levo os meninos com sunga/fralda e camiseta. 
De manhã cedo nos arrumamos, fazemos fila para o protetor solar e vamos em direção ao mar. 
Eu vejo o pessoal passando por aqui com cadeiras, guarda-sol, carrinhos, bolas, frisbee, bebidas, baldinho, brinquedos, toalhas, etc. Alguns vão de carro. 
Nós vamos a pé e levamos nós mesmos. O máximo que eu levo é uma bolsa para colocar as camisetas. 


O bebê na areia.

Durante o feriado vimos uma família com uma van estacionada quase junto ao mar. O Mais Velho me olhou e perguntou onde estava nosso carro. Eu disse "em casa. São só duas quadras e nós temos pernas para caminhar. Seria muito ridículo trazer o carro até aqui, não é?"

Uma vez levei água, mas não fez muito sucesso. Quando têm vontade, os meninos bebem água do mar. O bebê se delicia comendo areia. Fazer o quê?
Eu levava baldinhos e pás e só me incomodava. Era aquela confusão na hora de levar, recolher, trazer de volta. Agora eles chegam na praia, rolam na areia, cavam com as mãos. Depois de um tempo eu digo "agora é banho, todo mundo para a água". E a rolagem/escavação recomeça ali, na beira da água, onde às vezes não tem água, outras vezes tem. Eles correm das ondas, pulam, se atiram no chão. E dão muitas risadas. 
Eu faço muito de tudo isso. Principalmente das risadas. 
Nunca ficamos por mais de uma hora na praia. Acho que ninguém tem paciência para isso. E sempre saímos cedo. Quando estamos saindo, o pessoal está chegando. Não é antipatia; não pretendo torrar no sol. 
É assim que nossa estranha família se diverte. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O barbeiro e o Hulk

O cabelo dos meninos cresce muito rápido. Com menina é mais fácil. Cresce e a gente deixa de lado, pode cortar mais adiante. Com menino fica feio, cria um topete no cocuruto, uma franja indesejada nos olhos e uma grama por cima das orelhas. Depois fica feio nas fotos. 
Bem, descobri que tem um barbeiro diplomado atuando no centro. Ou seja, a 4 quadras daqui de casa. O Mais Velho ouviu o nome do barbeiro, confundiu com um amiguinho dele e começou a implorar para ir ao salão. OK, vamos. 
Juro, se fosse menina não seria tão vaidosa. Vaidoso.

Como tudo aqui se faz em família, vamos eu, vovô, e os dois meninos. 
O bebê foi à tarde, com a dinda, mas não deixou cortar o cabelo. Então façamos uma nova tentativa. 

Chegamos lá, dessa vez a família toda. Agora tem dois meninos lá cortando o cabelo, por isso esperamos na fila. Eu digo, "viu? Ele não está chorando. Que bonito." Aquele papo de sempre. O bebê começa a ficar inquieto depois de 10 minutos. Saio para dar uma voltinha com ele. Tem uma lojinha por perto e ele se encanta com um boneco gigante e horroroso do Hulk. "Tá bom, te dou o Hulk. Se tu deixar o barbeiro cortar o teu cabelo, eu volto aqui e compro o Hulk". Voltamos no salão, peço pro moço ligar a TV. Pelo jeito não tem canal infantil (ele ainda não tem filhos!). Então ficamos na rua contando os carros que passam e já vou aproveitando para ensinar as cores. Pro meu azar, a maioria dos carros é branca. Finalmente chega a vez do bebê. (Os meninos eram bem cabeludos) Ele ensaia um choro, o barbeiro dá um passo atrás, mas eu engrosso: não mesmo - pode cortar! Eu distraio o bebê com o que havia à mão: uma fita métrica. Depois fico pensando por que tinha uma fita métrica ali, mas tudo bem. 


Corte feito, voltamos à loja. E descubro que o meu bebê tem um olho muito bom para compras. O Hulk tem um defeito. Caiu no chão e quebrou, não mexe mais os braços. Por isso, de R$ 69,00 ele custa R$ 24,00. A moça da loja me pergunta se tem algum problema. "Problema nenhum! Beleza!" 
O Mais Velho também quer o Hulk, mas eu digo para ele procurar uma pechincha.  O bebê empresta o boneco para o irmão na hora do banho. Eu não acredito, mas o bebê está dormindo com ele agora mesmo. Ô bicho feio! 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A culpa é sempre minha

O bebê atravessou o pátio, entrou em casa e chegou até mim com a mão estendida, berrando. 
O meu "mãezômetro" não está ligado. Ele não está chorando, está reclamando, mas não estou vendo sinais de sangue e ele está inteiro.
Ele reclama para a vovó, para a dinda e volta para mim. E de lá de fora eu ouço a voz do vovô "ele caiu aqui na pedra, perto do toco de lenha". Ah tá. Agora eu vejo que um dos joelhos está ralado e a outra mão, que agora ele mostra, está suja de barro. A indignação dele cresceu. Ele senta ao meu lado. 
- Quer gelo, bebezinho?
- NÃO.
A vovó quer que eu passe algo no joelho dele. Só se for água e sabão. Ou gelo. Eu passo gelo. Ele berra. Lembro de um spray antissético que eu tenho para essas emergências. Passo ali, ele berra. Ele quer lavar a mão. Feita a vontade, ele vai para o quarto da vovó. Tudo o que tem em cima da cama ele joga no chão. Daí vai para a rua. É uma fúria. 
- Quer leite, bebê? Água? Suco? Pãozinho? 
- Não, não, não!


Afinal entra em casa. Estou sentada à mesa. Ele me bate. Depois disso se acalma e toma uma mamadeira cheia de leite. É o nosso bebê de novo. 
Quando ele cai e se machuca, a culpa é sempre minha. Provavelmente, sou eu quem tem que dar um jeito e fazer a dor ir embora. Ah, se ele soubesse!  


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Sobre refeições

Lá estou eu no restaurante. Chegamos cedo, o pessoal ainda estava servindo o buffet. "O que vocês querem comer?", eu pergunto, sendo o bebê por eliminação - "quer feijão? Massa? Arroz?". O Mais Velho come azeitonas, massa, frango assado. O bebê come azeitonas (não pode ver!), batatinha, e claro, larga tudo para comer polenta. 

Em casa não tem essa variedade e eles comem o que tiver na mesa. Geralmente é feijão com arroz, ou massa, ou polenta com leite. O hit da estação é omelete.

Bem, estou eu lá no restaurante achando que meus meninos estão comendo pouco, quando ouço uma mulher que se aproxima anunciando: "não vamos almoçar, elas só querem comer porcaria". 
"Elas" são 3 meninas entre 8 e 10 anos que só entraram no restaurante para comprar salgadinhos.  


Meus filhos nunca comeram salgadinhos, bolacha recheada, nunca tomaram refrigerantes ou comeram balas. Raramente eu compro suco de caixinha, pois tem muitos conservantes. Eles não sabem o que é um wafer. Nem adianta oferecer cheeseburger, eles olham meio desconfiados e não comem. 

Um dia encomendamos o bom e velho "xis salada" para comer em casa. O Mais Velho, que aos 3 anos e meio nunca tinha visto um, o definiu assim: "é um pão com umas coisas dentro" e acrescentou: "Tem milho. Não gosto". 


E quanto às meninas do restaurante... nos olhamos com muita estranheza. 
Depois meus meninos comeram sobremesa, claro. Torta de bolacha, já que estava incluída no preço e no passeio. E estava uma delícia!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Primeira de 2015!

Nem notei que havia passado tanto tempo desde a última postagem. Espero que vocês tenham começado o ano novo com o pé direito!
Eu estava desde o início do ano até agora sem internet. Já estava quase subindo pelas paredes!
Então vamos às novidades!
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O Mais Velho me deu um presente de natal inusitado. Na véspera de natal, perguntei se ele queria dormir sem fralda. Ele aceitou. Desde então, nunca mais usou fraldas. É claro, eu não sou louca (tão louca). O menino, que desde o outono só usava fralda para dormir, já não vinha fazendo xixi na fralda há mais de uma semana, ou seja, eu estava gastando dinheiro à toa. Decidi arriscar e deu certo. Confesso que na primeira noite quase não dormi! Mas tem sido muito bom comprar fraldas apenas para o bebê.

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Por falar nele... cadê o bebê? Com 1 ano e 11 meses completados no dia 02 de janeiro, o vocabulário dele só cresce! Tem dias em que parece um papagaio, repete tudo o que dizemos. Ele gosta muito de nos imitar. Outro dia deitou na poltrona preferida do vovô e começou a roncar... é que geralmente o vovô senta ali e acaba tirando uma soneca! E como é grande! Está com 15,3kg, apenas 1kg a menos do que o irmão mais velho. Atualmente eles dividem tudo: camisetas, bermudas, meias, até os tênis. Os tênis tudo bem, desde que eu use um pouco de diplomacia, mas as galochas já foram motivo de briga.

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O Mais Velho passou por mais uma etapa hoje: aprendeu a dizer música e médico. Eu o cobri de beijos. Vou sentir falta do linguajar de bebê, dizendo que queria escutar "muca" ou ir ao "méco". Agora ele corrige o irmão mais novo: "Não é Mina, é Minnie!". Só falta ele aprender a falar "rápido" em vez de "rapo". Ou será que ele já aprendeu e eu nem notei?

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O pinheirinho foi derrubado

Foi tudo em um dia só: uma segunda-feira, há duas semanas atrás.
No início da tarde, POF, a Cacau se enrolou nos fios do meu pinheiro e acabou derrubando-o. O estrago não foi grande. Coloquei umas bolinhas no lugar e pronto.
À tardinha, o bebê foi lá puxar uma das bolas bem coloridas. Eu já estava acostumada; ele ia lá, puxava, eu colocava no lugar. Já tinha até comentado por aqui antes. Só que o meu bebê é forte. Puxou com tanta força que derrubou a árvore. De novo.
Dessa vez eu disse: desisto. Deixa assim, amanhã a dona Maria desmonta e guarda tudo.
Menos de uma hora depois, o Mais Velho foi lá. Não sei o que ele fez (segundo ele, estava tentando ajeitar) e derrubou de vez o pinheiro. Chegou a desmontá-lo. Quase chorei. Esse é meu primeiro natal sem árvore montada e - pasmem! - sem presentes embaixo da árvore.


Para compensar, vesti os meninos a rigor. Acima, o bebê vestindo o pijama que eu comprei na Tricae.  



Aqui: comprei um duende e, finalmente, comprei soldadinhos de chumbo. Eles não chegaram a ficar um dia no pinheiro. São muito pesados e tentação demais pros meninos!


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Aldeia do Papai Noel


Aconteceu. Voltei à infância.
Calma, gente.
No ano passado eu não levei as crianças em Gramado porque o Mais Velho tinha só 2 anos e o bebê... bem... era só um bebezinho de colo. Tinha só 10 meses. 
Então, este ano, vim com tudo!
Há duas semanas, fomos a Canela. Fizemos compras, almoçamos, tiramos fotos, aproveitamos. 
E no último sábado, resolvemos passar o dia em Gramado. Mas onde?
Uma amiga sugeriu a Aldeia do Papai Noel. E eu: onde? Depois de ela tentar me explicar por meia hora, eu me dei conta de onde era. Eu nunca tinha ido porque nunca tinha tido crianças em casa. 

Aliás, eu levei os meninos para falar com o Papai Noel e tirar fotos. Mas havia adultos lá sem crianças. Tem gente que não cresce. E não é no bom sentido. 


Aqui estão as fotos do Museu do Natal. A Aldeia é um parque enorme. Nunca pensei que fosse tão grande. Amei os brinquedos. O bebê ficava apontando e dizendo "qué, qué". Eu também, mas não pode. Não estão à venda. 

Fomos eu, vovó, a dinda Rosana e as crianças. Eu já disse que vou comprar uma kombi velha, reformar e aí sim vai caber a família toda, mais a babá e algumas outras crianças. Por enquanto, fomos só nós 5. Lotação esgotada. 




O bebê adorou esse ursinho. 






Abaixo, imagem da rena. Fizemos o passeio de trenzinho pelo parque, para poder visitar tudo. Com tantas crianças, só dava eu gritando: "olha lá, a rena! Olha, é uma rena! Ali tem outra! É de verdade!"


Aqui embaixo, na árvore, um ouriço, mas de madeira.
Também vimos um cervo ("um Bambi, mãe"), mas não saiu bem na foto. 



Eu amei as casinhas. Posso morar lá?



Esse menino não é meu. 






Acima, um cão são Bernardo. E abaixo, umas cabritinhas. 


O Mais Velho e a "cabra gorda". Acho que ela está prenha, filho. 


Aqui, o presépio na catedral de pedra de Canela. 

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Mais adiante tem a imagem (escultura) de Jesus dentro de um esquife de vidro. O Mais Velho me perguntou se ele estava morto e por que havia sangue nos pés. Eu parei para dar algumas explicações, pois ele nunca tinha estado numa igreja antes. 
Eu estava me saindo bem. O menino estava interessado. E estava mostrando que acima havia a imagem de Santo Antônio, ao lado da imagem de Jesus vivo, e... alguém me interrompe assim: "ele pode sair da frente pra eu tirar uma foto?".
Claro.
Sem dúvida. 
É para isso que vamos a igrejas, para nos entupir de fotos de Jesus. 
Não é mesmo?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Bob Hardy

Uma colega aqui de Lajeado me disse que perdeu uma cadelinha linguiça no ano passado. Ela chorava só de mencionar a bichinha. Ela me pediu para ficar de olho, caso aparecesse um cachorrinho para doação ou venda em Taquara. 
Não é que apareceu?



O Hardy foi encontrado perdido, junto com uma cadela mix de poodle que estava no cio. O pessoal que encontrou acha que ele fugiu por puro assanhamento. Esses machos. Enfim, ninguém estava muito interessado em adotar, pois teria que contribuir com a conta da clínica, que já estava em R$300,00. E o bichinho lá, há um mês.
Tratei da adoção, assinei os papeis, levei pra casa na quinta-feira passada. Mantive preso para que ele não achasse um buraquinho na cerca e não escapasse. Levei para passear. Nunca vi cão tão educado: só fazia as necessidades na grama. Comprei ração especial para filhote, para ver se ele engordava, pois estava que era só ossos. Troquei de nome, pois por Hardy ele não atendia. Virou Bob. Levei pra praia. Dei leite. Dei carinho, colo, banho. Dei churrasco. 
Trouxe para Lajeado. E hoje ele mijou toda a minha sala, passou a manhã inteira sem comer, ameaçou morder todos que se aproximaram de mim e esperou por mim para almoçar. Na hora de ir embora com a nova dona, começou a tremer todo e me olhou com aquela cara de abandono. 

Fiz o que toda mulher sensata faz. 
Tranquei-me na minha sala, liguei pra minha mãe e desatei a chorar.

Boa sorte, Bob Hardy!


domingo, 23 de novembro de 2014

No retorno da viagem

Agora vou contar o motivo pelo qual eu fiquei tanto tempo fora do ar.
Em primeiro lugar, eu não levei notebook para o hotel. Levei apenas o celular. Foi bom, pois não havia conexão wi-fi no quarto e eu não ia conseguir me concentrar ou manter o equipamento a salvo dos meninos. 
Em segundo lugar, na madrugada do dia em que retornamos de viagem, aconteceu algo inusitado e que me tirou dos trilhos. A Mama, agora conhecida por vovó, foi levantar da cama. Mas ainda estava dormindo e acabou batendo de cabeça na parede, caiu no chão, não conseguiu levantar e começou a gritar. 
Eu acordei com aquela gritaria às 5h da manhã e saí correndo. Entrei no quarto dela, ela estava no chão e havia sangue por todos os lados. Eu não sabia de onde vinha todo aquele sangue. Eu olhei para o rosto, tudo certo. O cabelo estava cor de rosa. Eu não entendia nada. O bebê estava dormindo na cama dela e estava olhando apavorado. 
Daí eu resolvi afastar o cabelo e pronto, descobri: havia um buraquinho na fronte, do lado esquerdo. Foi só mais tarde que descobrimos que ela havia batido a cabeça na parede ao cair da cama. 



Eu sou bem valente para sangue, mas naquela hora as minhas pernas ficaram moles, eu mal conseguia parar em pé. Tive que chamar um conhecido e ele nos levou até o pronto-atendimento da Unimed. Ainda tive que convencer a minha mãe a sair de casa! Ela queria voltar para a cama, dizia que eu estava exagerando. Eu praticamente a arrastei aos prantos para fora de casa. Chegamos na Unimed, ela calma e eu super nervosa. Ela ainda fazia piadinhas, que depois de velha foi aprontar essa. Levou uns 6 pontos na cabeça. Não fiquei mais tranquila o resto da semana, pois ela ficou meio tonta e com dores, por causa dos pontos. 

Pelo menos os meninos colaboraram e fizeram silêncio, entenderam que a vovó estava dodói. Não são uns amores? 

Para mim isso foi uma cena de pesadelo que fez um contraste terrível com uma viagem tão linda. Eu ainda não tinha tido coragem de contar o ocorrido nem escrever sobre o assunto. Agora desabafei!

E para não correr mais riscos, mandei colocar uma proteção na cama. Agora a vovó não cai mais!

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Solidão

Eu já mencionei aqui a cidade chamada Soledade e das coisas inusitadas que acontecem quando o ônibus chega lá. Eu não vou escrever sobre Soledade. Só vou registrar que acho que essa cidade tem um nome muito lindo: Soledade. Milhares de cidades por aí tem nomes feios, algumas até ridículos. Sim, por favor, reconheçam. Santa paciência, por que as pessoas não pensam antes de nomear uma cidade? Eu não vou indicar nenhuma para não ofender ninguém. Já Soledade tem uma sonoridade incrível. Falem em voz alta. Hum.... 

Vim aqui para falar de outra coisa. Eu viajo na segunda à noite e chego em Frederico na terça de madrugada. No café da manhã já vejo as pessoas reunidas. Sim, reunidas, no sentido de reunião de trabalho. Sempre é possível ver um aos berros no telefone celular. Geralmente um homem. Dá vontade de dar um tapinha no ombro e dizer: "não precisa gritar no celular". Na última terça, havia um problema com uma máquina. Achei que o homem ia infartar. Sabe quando lemos nos romances que a pessoa enche o salão com a sua presença? Ele encheu o salão do café, mas de um jeito ruim. Ele precisava de um técnico para a tal máquina, e berrava no telefone. Ele até tentou ser educado e foi conversar à janela, mas esqueceu de modular a voz. 
Eu sempre tenho vontade de dizer: seja o que for, é possível resolver depois do café da manhã. 

No jantar geralmente ocorre a mesma coisa, com poucas variações. Eu olho para o meu pai (ele viaja comigo) e digo: "oba! Ligaram a TV!", pois hoje em dia não se entra em nenhum ambiente sem escapar da TV. Consultórios, restaurantes, acho que até mesmo em igrejas deve ter um aparelho de TV escondido. Quem sabe? E ainda não decidi o que é pior, a novela ou o jornal. 

Quanto aos frequentadores, valem um estudo. Os solitários sentam, fazem o pedido e ficam face a face com o telefone. Não importa a idade. (Ou seja, ninguém dá a mínima para a TV.) Os que chegam em grupo, fazem reunião de trabalho (afe!) para discutir balanço e dentre esses há aquele que se gaba de conseguir acessar o sistema da empresa pelo celular (juro!). Quanto a esse último grupinho, de uma loja local, eu quase levantei e perguntei se eles não tinham vida. Pois eu, a mais de 600 km de casa, estava morrendo de tédio e gostaria de estar fazendo qualquer coisa, menos trabalhando àquela hora do dia. Há tempo para tudo. Até para repousar. 

Reunir-se com colegas de trabalho após o expediente para falar de trabalho ou ficar olhando para o celular por falta de alternativa, por estar distante de casa. Tudo é solidão.

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