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segunda-feira, 19 de abril de 2010

paisagem

Ontem tirei fotos da vista que temos a partir da casa nova.



E essas são fotos do mato que cerca a casa. E de algumas árvores lá do pátio.


Lembrei-me de um poema de Carlos Drummond de Andrade.

Poema de circunstância
Onde estão os meus verdes?
Os meus azuis?
O Arranha-Céu comeu!
E ainda falam nos mastodontes,
nos brontossauros, nos tiranossauros, que mais sei
eu...
Os verdadeiros monstros, os Papões,
são eles, os arranha-céus!
Daqui
Do fundo
Das suas goelas
Só vemos o céu, estreitamente, através
de suas empinadas gargantas ressecas
Para que lhes serviu beberem tanta
luz?!
Defronte
À janela aonde trabalho
Há uma grande árvore....Enquanto há verde.
Pastai, pastai, olhos meus....
Uma grande árvore muito verde...Ah,
Todos os meus olhares são de adeus
Como o último olhar de um
condenado!


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